Mestre Frei João de Mansilha – Comemora 306 anos

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Mestre Frei João de Mansilha
“A mão que desenhou o Douro”

Nasceu a 18 de Maio de 1711 e faz 306 anos.

Uma figura incontornável do concelho, da região e do Vinho do Porto.

João de Mansilha, filho de Francisco Pereira Pinto e de Feliciana de Mansilha, do lugar de Santa Marta, nasceu na freguesia de Lobrigos (S. Miguel), no dia 18 de Maio de 1711. Foi baptizado nesta igreja pelo cura da freguesia, Padre André Pinto Barbosa, e foram padrinhos o Padre de Sanhoane, Manuel de Figueiredo, e Isabel de Mansilha, do lugar do Urval, Freguesia de Sever.
Seguiu a carreira eclesiástica, entrou na Ordem dos frades dominicanos, estudou teologia na Universidade de Coimbra e foi lente de prima do convento de São Domingos do Porto.

Inteligente e insinuante, privou com a Corte, com políticos e homens do Estado do seu tempo, obtendo toda a confiança do conde de Oeiras, futuro Marquês de Pombal.
Filho de proprietários durienses e conhecedor das realidades (e dificuldades) da Viticultura do Douro, que estava à beira da ruína, defendeu (e propôs) medidas que retirassem poderes de monopólio aos comerciantes ingleses ou à sua Feitoria, acusada de explorar os legítimos interesses (e direitos) dos produtores e, que ao mesmo tempo, defendessem a qualidade (e o preço) dos Vinhos, através da demarcação das zonas de Vinhos Finos ou de Feitoria.

João de Mansilha viu realizadas as suas propostas, com a publicação do alvará régio de 1756 que confirmou os primeiros Estatutos da Companhia Geral. O Marquês de Pombal nomeou frei Mansilha para importantes cargos dentro e fora da Companhia: Inquisidor do Tribunal do Santo Ofício de Lisboa (1761), deputado do Conselho Geral (1773), e conselheiro do Rei (1774), e deu-lhe também a representação em Lisboa da Companhia Geral da Agricultura dos Vinhos do Alto Douro.