Medrões
Ao longo do século XIII foram vários os documentos que tiveram como objeto herdades e outros terrenos no termo de Medrões. Referenciemos, em 1251 as Cartas de Foro de Meirão (Mirão ou Marão), Nogueira e Sobrado; em 1272 nova Carta de Foro de Nogueira; em 1287, a Carta de Foro de «amha Erdade que he em thermo de Medrões» (da minha Herdade que está no termo de Medrões). Em 1295, a Carta de Foro de um reguengo em Medrões. Nas Inquirições de 1258 e nas de 1288, Medrões era freguesia do Julgado de Penaguião.
No Foral de D. Manuel I há o “Titolo de Mondrooens”, mas também o “Titolo de Marom”. Na “Corografia Portuguesa” em 1706, a Freguesia de S. Salvador de Medrões, integrava o concelho de Penaguião, sendo abadia do padroado do Senhor de Murça, com 200 vizinhos. Nas demarcações pombalinas todas as suas vinhas ficaram fora da área autorizada a produzir vinhos de feitoria; sendo que, só no tempo de D. Maria I algumas das suas quintas foram consideradas aptas para tanto.
Interessantíssimo é o documento de 1758 que contém as respostas do Abade de Medrões ao Inquérito ordenado pelo Governo do Marquês de Pombal a todos os párocos do Reino. Célebre ainda, nos princípios do Século XIX, um outro Abade de Medrões, o P.e Inocêncio de Miranda, mação e político liberal, deputado às Cortes Constituintes de 1821/22, onde teve papel relevante na feitura da 1ª Constituição, na defesa da Real Companhia das Vinhas do Alto Douro e em várias polémicas da época.
A Igreja Matriz de Medrões, de linhas sóbrias e elegantes, é um templo de grandes proporções. Mas artisticamente mais interessantes que a Igreja Matriz são as capelas de S. Pedro e a de Nossa Senhora dos Remédios. A de S. Pedro situa-se junto ao cemitério e no teto em caixotões tem pintadas a óleo as figuras dos papas até à época da sua construção. No século XVIII era «irmandade dos clérigos de todo o concelho e alguns de fora…». (Pároco de Medrões em 1758). A capela de Nossa Senhora dos Remédios, que fica no alto do monte para a parte do poente é irmandade que terá mil e duzentos irmãos. Tem cinco jubileus, cada ano…» (idem). Tem um bonito altar de talha barroca nacional que ostenta a data de 1741, sendo peculiar o muro fortaleza que a defende dos fortes ventos da Serra do Marão que lhe fica defronte.
Como elemento importante na arquitetura civil e digno de nota é o fontenário do século XVIII com as armas reais, e por isso chamado Fonte do Rei: «Tem esta freguesia uma fonte feita por Sua Majestade que Deus guarde na borda da estrada que vai de Penaguião para a cidade do Porto; é água excelente para beber e esta nunca falta (idem).
Texto gentilmente cedido por Dr. Artur Vaz
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